Busca por animais perdidos ganha rede de apoio e divulgação em cidades do interior de SP: 'Nunca desistam de procurar', diz voluntária
02/10/2025
(Foto: Reprodução) Busca por animais perdidos ganha rede de apoio e divulgação em cidades do interior de SP
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Quem já teve um pet desaparecido sabe o quão difícil pode ser esse momento, especialmente quando não existem alternativas oficiais para encontrá-lo.
Normalmente, os donos passam a procurar, por conta própria, o cão, gato ou até ave de estimação que está perdido. Nesse contexto, iniciativas filantrópicas voltadas à causa animal podem ser de grande ajuda.
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No centro-oeste e oeste paulista, uma rede de solidariedade formada por voluntários atua em diferentes frentes para preencher essa lacuna, seja com a agilidade de um post nas redes sociais, com o trabalho árduo de resgate e acolhimento ou com o amparo baseado na fé.
O g1 conversou com três desses projetos que têm transformado a vida de animais e tutores.
A força das redes sociais
Em Bauru (SP), a primeira esperança de muitos tutores com animais desaparecidos está nas redes sociais. A página “Adota Gatos Bauru”, criada em 2020, se tornou um ponto de referência para quase 15 mil seguidores.
“A página surgiu no meio da pandemia para fazer a ponte entre quem procura um animal, seja ele perdido ou para adoção”, explicam Maria Clara Ferraz e Bruna Correa, duas das fundadoras.
Grupo de Bauru (SP) administra perfil com quase 15 mil seguidores que já ajudou a encaminhar cerca de 4 mil gatos para adoção responsável
Arquivo pessoal
O canal de adoção cresceu e, hoje, o grupo de voluntárias também organiza castrações e acolhe animais em situações graves.
“Nós já doamos cerca de 4 mil gatos e já participamos de muitos reencontros”, contam as fundadoras. Para quem enfrenta o desespero de ter um pet desaparecido, elas dão um importante conselho:
“Nunca desistam de procurar. Façam cartazes e os colem em postes, porque nem todo mundo tem redes sociais. E cuidado com golpes: bandidos fingem que estão com o animal e pedem dinheiro. É um golpe bastante comum”, alertam.
Perfil "Adota Gatos Bauru" no instagram
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Resgate e acolhimento
Em alguns casos, o animal é encontrado, mas não se sabe quem é o tutor. É nesse momento que entra o trabalho da ONG Resgatos de Ibitinga (SP).
A missão, segundo a fundadora Lylian Biondo, é resgatar, cuidar, castrar e encaminhar os animais para lares responsáveis.
Recentemente, a ONG conquistou uma sede própria, um sonho antigo que deve expandir ainda mais suas frentes de trabalho.
“Estamos vivendo um dos nossos maiores sonhos, mas também um dos maiores desafios. Desde abril, começamos a receber uma ajuda municipal de R$ 3 mil por mês e, com esse valor, alugamos uma casa”, conta Lylian.
A recompensa pelo trabalho transparece em histórias como a do bichano Lino, que se tornou mascote do projeto.
“Ele foi resgatado com um olho furado e o rabo cortado. O tratamento foi longo. Hoje, ele é o nosso garoto-propaganda”, diz Lylian. Para ela, o trabalho só se completa com a certeza de um futuro seguro para os animais.
Lino, o “garoto-propaganda” da ONG foi resgatado com graves ferimentoso, sobreviveu e hoje vive como mascote do abrigo
Arquivo pessoal
“A parte mais importante do nosso trabalho é escolher bem a família. Se não fizermos isso corretamente, todo o trabalho realizado até aqui se torna inútil”, finaliza.
Pastoral protetora dos animais
No oeste paulista, em Presidente Prudente (SP), a ajuda aos animais ganha uma nova dimensão: a fé.
A “Pastoral dos Agentes Protetores de Animais”, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, nasceu em 2013 inspirada em São Francisco de Assis, santo protetor dos bichos.
“Hoje, nossas principais ações são a arrecadação de dinheiro para custear castrações, fornecer ração para protetores e divulgar animais encontrados e perdidos em nosso perfil no Instagram”, explica a coordenadora Lígia Ricci Martins Olivete.
Pastoral dos Animais de Presidente Prudente organiza ações para custear castrações e distribuir ração a protetores independentes
Reprodução
Mais de dez anos após sua criação, a pastoral conta com parceiros, como um pet shop da cidade que expõe e cuida dos animais abandonados encaminhados à entidade.
“Eles passam por atendimento veterinário, são vacinados, vermifugados e castrados. Após a recuperação, podem ficar expostos no pet shop para adoção responsável”, conta Lígia.
A seleção de quem adota esses animais também é rigorosa.
“Há todo um processo de visita e avaliação dos pretendentes, analisando se a casa tem condições, se é cercada ou gradeada, tudo para garantir a segurança do animal”, finaliza.
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