Considerado semi-imputável, condenado por matar monitora de clínica com golpes de enxada tem pena de 3 anos de internação
08/10/2025
(Foto: Reprodução) Simone Vieira da Costa foi morta com golpes de enxada em clínica de recuperação em Marília
Arquivo pessoal
O interno acusado de matar uma monitora de uma clínica de recuperação de dependentes químicos foi condenado, pelo Tribunal do Júri, ao prazo mínimo de três anos de internação no julgamento realizado no Fórum de Marília (SP) nesta terça-feira (7). O crime aconteceu no dia 27 de dezembro de 2022.
A internação foi determinada, com a realização de perícia após o período mínimo, pelo fato do réu, Everton Pereira de Godoy, ter sido considerado semi-imputável, ou seja, ao cometer o crime ele não tinha domínio total das suas capacidades mentais, segundo apontou a perícia médica.
Diante do laudo médico com indicação para internação neste caso, foi aplicado o artigo 98 do Código Penal que prevê que, quando uma pessoa comete um crime sem ter plena capacidade de entender o que está fazendo — por causa de doença mental ou transtorno psicológico grave —, ela não recebe uma pena comum, mas sim uma medida de segurança.
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Isso significa que, em vez de ir para a prisão, o autor é encaminhado para tratamento médico, que pode ser feito em um hospital de custódia ou de forma ambulatorial, e dura enquanto houver risco de que volte a cometer crimes.
Morte da monitora
Simone durante coleta de doações para clínica de recuperação em Marília
Rafaela Vieira da Costa Rodrigues /Arquivo pessoal
A vítima, Simone Vieira da Costa, que tinha 52 anos na época do crime, foi morta com golpes de enxada no dia 27 de dezembro de 2022. Quando a polícia foi acionada, Everton estava ao lado do corpo, que foi encontrado em uma horta da clínica, e foi preso em flagrante pelo crime.
O réu foi julgado pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Simone fundou a clínica Estância Peniel, que ficava às margens da Rodovia Leonor Mendes de Barros em Marília (SP), em 2018. Na época do crime, o local passava por uma reformulação e havia apenas quatro internos, além dos funcionários e voluntários.
Em entrevista ao g1 na época, colegas de trabalho de Simone contaram que o Everton estava no local há pouco tempo e ainda não fazia o uso dos medicamentos necessários e, apesar de ser agressivo nas palavras, ele nunca tinha agredido fisicamente ninguém antes do ocorrido.
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